Execução
A operação em causa pretende reabilitar o Edifício da Antiga Fábrica Cerâmica Rocha, localizado na rua António Oliveira e Rocha, considerada como a principal via de acesso para quem visita e se desloca de comboio a Oliveira do Bairro.
O projeto de execução da presente intervenção foi alvo de candidatura ao Programa Operacional Regional do Centro 2014-2020 (POR), no âmbito do Aviso n.º Centro – 16-2016-03, publicado em 31 de maio de 2016, que diz respeito à terceira ação, identificada no Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU) de Oliveira do Bairro (que obteve parecer favorável da Comissão Diretiva do POR, em 28 de setembro de 2016.
O programa é proposto segundo a intenção de transformação da antiga fábrica num edificado sustentável a nível económico e ambiental, onde os serviços designados não só se promoverão entre si junto da população, como também se sustentarão economicamente. Para além disso, possibilitará aos utentes usufruir de um equipamento multiusos com as condições necessárias para a prática cultural. Simultaneamente, pretende-se valorizar e preservar o que ainda resta de história da fábrica, principalmente, os seus fornos e chaminés centenárias, mantendo visíveis para serem admirados pelo público em geral, todos estes elementos repletos de uma história que ficou perdida no tempo, enfatizando desta forma a efemeridade de todas as coisas na vida.
A intervenção exige em primeiro plano a demolição dos elementos que oferecem iminente perigo e que não se conseguem recuperar, tais como, desmontagem da cobertura ainda existente, pilares soltos e alguns vestígios de paredes interiores.
Após estes procedimentos, manter-se-á a fachada do sector direito laboral que ainda está em pé, e de igual modo, manter-se-á a fachada que ainda existe no edifício administrativo, bem como os fornos presentes na área.
De um modo geral, a intervenção consiste na construção de estruturas que preenchem o interior das ruínas sem danificar as fachadas principais. Será como que criar um novo edifício dentro do interior das ruínas, ocupando quase a totalidade das suas áreas, contornando e respeitando as suas pré-existências.
A área será dividida em três espaços, com as seguintes características:
Espaço A – Espaço de serviços, restauração/bar com 225m2 de implantação.
Espaço B – Museu ao ar livre com 1375m2 de implantação.
Espaço C – Espaço Multiusos com 1450m2 de implantação.
Espaço A
Esta nova construção apresenta uma volumetria simples de duas águas na zona da fachada principal e de cobertura plana no restante espaço. Será executada em estrutura de betão, com as fachadas de alvenaria e chapa metálica. Os vãos junto da fachada principal respeitam as aberturas da fachada pré-existente, permitindo assim uma dialética entre o passado e o presente. O restante edifício tem vãos que assumem uma linguagem mais contemporânea.
O projeto consiste em reabilitar fachadas, prevendo no seu interior um espaço amplo apenas com instalações sanitárias e todas as infraestruturas necessárias;
O acesso tanto pode ser feito pelo arruamento, como pela zona das pré-existências dos fornos. O edifício terá quatro entradas, duas no piso 0, viradas para o arruamento e duas no piso 1, uma para a zona posterior do edifício e outra para a zona lateral, espaço com os fornos.
Espaço B
A intervenção incluirá os arranjos exteriores de toda a zona envolvente dos fornos e chaminés, revitalizando-o como espaço de lazer e zona de acessos. Este espaço pretende grande dinâmica vivencial e serão apoiados pelos dois novos edifícios na sua lateral.
O acesso a este espaço que fica a uma cota mais elevada relativamente ao arruamento, será feito pelo pequeno troço com o arco que formava uma porta. Este será feito de nível, e através de um percurso de rampas para aceder ao espaço de lazer e contemplação das pré-existências.
Aqui encontramos um espaço lúdico para contemplação da poética da ruína e da memória das pré-existências que pontuam e constroem o lugar.
Espaço C
Esta nova construção apresenta uma volumetria simples de duas águas, e será executada em estrutura metálica, com as fachadas num misto de alvenaria e chapa metálica. Os novos vãos respeitam as aberturas originais e seguem a sua métrica, permitindo assim uma dialética entre o passado e o presente.
O projeto consiste em executar fachadas, prevendo no seu interior um espaço amplo apenas com instalações sanitárias e todas as infraestruturas necessárias;
O acesso tanto pode ser feito pelo arruamento, como pela zona das pré-existências dos fornos. O edifício será de um só piso, com uma virada para o arruamento, duas viradas para a zona posterior com um corredor que serve para permitir a manutenção do edifício, uma para par cada uma das zonas laterais.
Cria-se assim, espaço multiusos para albergar todas as atividades culturais, possibilitando, de igual modo, a criação e difusão de outras atividades artísticas cativando e promovendo a dinâmica cultural na região
O Espaço multiusos é versátil e pode ser usado para a realização de várias atividades, pois a sua edificação simples e ampla permite múltiplas formas de utilização e que podem ser usadas de várias e diferentes formas.
Este espaço será dotado de todas as infraestruturas necessárias para receber diferentes tipos de eventos, tais como exposições, feiras, congressos e convenções, concertos, reuniões, conferências, seminários, jantares, festas infantis, entre vários eventos desportivos, festas infantis, entre outros.